sexta-feira, 23 de março de 2018

Os Medos na Infância


O MEDO…


O medo é uma reação normal, que nos protege de situações potenciais de risco. O medo de cair evita que a criança se empoleire em sítios perigosos, mas, se devido a esse mesmo medo de cair a criança não se separa dos pais, a situação muda.


O MEDO É NECESSÁRIO


O medo é uma emoção desagradável que se dá quando a criança sente que existe um perigo real ou imaginário.

O medo é necessário porque a ajuda a aperceber-se do risco e evita que sofra percalços. Convém pensar que uma certa dose de medo é uma ajuda para a sobrevivência.

Todas as crianças têm medo em algum momento da sua infância, embora existam crianças mais medrosas que outras. Alguns medos, como a perceção do estranho a partir dos seis meses, fazem parte do desenvolvimento da criança e o seu aparecimento indica que esta evolui corretamente. Mas os medos também podem desencadear-se a partir de alguma experiência desagradável. 


CONTACTAR COM O MEDO


Os contos infantis facilitam o contacto com o medo. A criança vive, através do protagonista, conflitos e momentos de medo que acabam por ser resolvidos. A criança pede uma e outra vez que lhe contem a mesma história e sem alterarem um único pormenor. Precisa que a história seja sempre igual para que as aflições da personagem sejam previsíveis e certificar-se de que há solução.

A partir do oitavo mês é completamente normal que o bebé se assuste quando se aproximam de pessoas desconhecidas e costumam reagir com o choro. Os pais não devem ficar preocupados com a situação, já que a criança considera perigoso o desconhecido e a forma de o demonstrar é comportando-se dessa maneira.


OS MEDOS DE CADA IDADE


  • O Bebé – Durante o primeiro ano de vida, o bebé assusta-se com qualquer estimulo intenso e chora para mostrar o seu mal-estar.
  • Entre os 2 e os 4 anos – Nesta altura predomina o medo dos animais. Algumas crianças manifestam inquietação com máscaras e outras personagens disfarçadas. Também surge o medo do escuro, que é equivalente ao medo de estar sozinho. Por isso, a partir do segundo ano pode começar a sentir dificuldades quando vai para a cama, até chegar a apresentar medo em adormecer. É o momento em que pede que lhe deixem a porta aberta para ouvir os pais e ver alguma luz. É conveniente aceitar este pedido, mas deve-se ir fechando progressivamente a porta para que se acostume ao escuro.
  • Mais de 4 anos – Por volta dos 4 anos, os pesadelos são frequentes, pode acordar a gritar, sem saber exatamente o que sonhou. Às vezes os animais agressivos são os protagonistas dos pesadelos. A presença dos pais costuma acalmá-las e podem prosseguir o sono.


PERDER O MEDO DA ÁGUA



É frequente as crianças terem medo da água. Nunca se deve metê-la na água de repente e contra a sua vontade. Recomenda-se os seguintes passos:
  1. Aproximar-se da água com a criança segura pela mão. O contacto acalma-a.
  2. A criança observa como um dos pais se senta à borda da água e brinca com os pés, mostrando sempre que está a gostar.
  3. Pede-se à criança que faça o mesmo.
  4. Improvisam-se brincadeiras com a água, procurando que a criança tome a iniciativa.
  5. O adulto entra pouco a pouco na água enquanto a criança continua a brincar com ele.
  6. A criança entra na água segura pela mão do adulto.
  7. A criança mexe-se dentro de água e o adulto incentiva-a.
  8. A criança mete-se na água sozinha. A pessoa que a acompanha está fora mas perto dela.
  9. O adulto observa a criança, mas à distância, e incentiva-a a continuar a apreciar a água.


Amigos, tenham noites tranquilas e dias felizes. Enfrentamos os medos, sem medo.

Sejam felizes.


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