- "Só tem 3 ou 4 anos? Com essa idade, ainda não consegue exprimir os seus sentimentos..."
Quão errada esta ideia poder ser! Obviamente não podemos falar com uma criança de 3 anos como falamos com uma de 10 e muito menos como falamos com um adulto. No entanto, todas as crianças de uma forma ou de outra conseguem exprimir e falar sobre os seus sentimentos e as suas emoções.
Quão errada esta ideia poder ser! Obviamente não podemos falar com uma criança de 3 anos como falamos com uma de 10 e muito menos como falamos com um adulto. No entanto, todas as crianças de uma forma ou de outra conseguem exprimir e falar sobre os seus sentimentos e as suas emoções.
Uma forma simples, é falarmos com eles sobre o seu dia-a-dia. Podemos fazer perguntas simples, como por exemplo:
- "Como correu o teu dia?"
- "Que coisas fantásticas fizeste hoje?"
- "Como se sentes agora?"
- "Aconteceu alguma coisa hoje que te aborreceu ou que te deixou triste?"
E é desta forma, com perguntas simples a servir de fio condutor, que podemos dar início a uma conversa com a criança.
No entanto, o adulto não pode ser apenas mero espectador. Também tem que participar e falar de si mesmo. Ele próprio pode contar como foi o seu dia e o que fez nesta ou noutra situação do dia, mostrando que os adultos também sentem alegria, prazer e entusiasmo em certas circunstâncias e que noutras sente tristeza ou frustração.
É igualmente importante, falar com as crianças sobre o que sentem em situações específicas de forma a encontrar a origem daquela emoção e como lidaram posteriormente com ela.
E pais não se esqueçam de demonstrar as vossas emoções à frente das crianças e às próprias crianças. Isto significa que irão ter que demonstrar que estão zangados com eles quando de facto eles fazem algo errado, mas que também os irão elogiar quando merecem. Não devem ter medo de dizer "Gosto muito de ti", "Adoro brincar e estar contigo", "És a melhor coisa da minha vida".
Nós, enquanto educadores no Parque dos Infantes, tentamos fazer isto. Não passamos o dia a dar ordens, proibições ou repreensões. Tentamos antes perceber a criança enquanto ser único e singular. Mesmo situações normais de conflito entre as crianças, são resolvidas com tranquilidade. Só assim, daremos oportunidade a que a criança confie em nós e continue a exprimir todas as suas emoções!
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